quinta-feira, 31 de maio de 2012

Praia pequenina

   Está ai o verão e a tranquilidade das nossas praias na costa alentejana começa a perder-se, chegam os banhistas e turistas que mesmo sendo poucos por agora, notam-se logo a partir de 1 Junho.
   A praia pequenina como eu chamo, é uma prainha no meio de São Torpes rodeada de pedra e entrelhados, é aqui que costumo apanhar os meus camarões para as minhas investidas aos sargos a norte de Sines, pois aqui em São Torpes há sargos mas sempre mais pequenos, é uma praia com pouca fundura  e pedra muito rasa o que dificulta na pesca.
   Hoje ao final da tarde aproveito a vontade da Lu para ir um bocadinho a praia e digo logo "prainha pequena" e começo logo a recordar as  boas pescas que aqui fiz em miúdo e onde passava dias inteiros a pesca e na brincadeira, penso camaroeiro no carro, apanho meia dúzia de camarões e levo só a cana da chumbadinha aproveito e  pesco um bocadinho para matar o vicio, pois a mais de 1 semana que não pesco.
   Ficam aqui umas fotos da praia pequenina.
Eu a espera do toque
A brincar e ainda me diverti numa horinha




Eu na minha paz e lá ao fundo o verdadeiro perigo para Sines e costa alentejana, pois foi neste sítio que à 20 anos atrás, estava eu a pesca com o meu pai e em 5 minutos a minha prainha ficou totalmente preta de crude devido a um derrame no porto de Sines.
Agora eu pergunto com tantas leis e restrições para a costa alentejana qual foi o estrago e aonde é que eu prejudiquei a fauna marinha? e se aquele menino fizer um derrame? e nestes últimos 20 anos acham que a fauna recuperou o que foi perdido naquele dia cruel? Se quem cria as leia para o parque natural visse a quantidade de peixe,marisco,e aves que eu vi morrer naquele dia tinham vergonha de proibir e fazer leis a prejudicar os tão pequeninos que são os pescadores lúdicos, mas em Portugal já se espera tudo.

4 comentários:

  1. Boas João!
    Já deu para brincares, pelo menos foste lá :)
    Acho que nunca vi um petroleiro tão grande ao vivo... Isso dos derrames não faz mal, o que faz mal à fauna marinha é o pescador lúdico ou reformado que vai apanhar alguma coisa para complemento da sua alimentação...eu já nem digo nada...
    Um abraço e continua.

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  2. Ola Nuno.
    Para infelicidade minha, Sines tem a condiçõeso naturais para receber estes monstros,dantes ainda deixavam pescar e a malta aproveitava a luz dos cais e era carapau,lula,chocos a farta, mas agora é camaras de vigilância e proibições a farta,eu ia todos os dias as lulas, agora... apanho é com a poluição atmosferica da petrogal,repsol,edp,carbogal,euroresinas etc... e depois chumbam-me o carro na especção por causa dos gases... temos que rir :) :) :) para não chorar... estive ai na tua terra fim de semana passado, passei um calor.... grande abraço.

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  3. Boas João!
    Vejo que tens grande paixão, pelas nossas praias,como eu que foi criado no porto covo,com os meus sete oito anos já corria essas praias a isca para ir a pesca com o meu pai,isso sim dava gosto,mas os tempos são outros que por ganancia duns pagam os outros,enfim numa coisa acredito essa malta não serão tão felizes como eu, tem muito dinheiro eu sou pobre mas tenho a capacidade de viver com a natureza cem a estragar, coisa que com eles não acontece.
    abraço

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  4. Ola Alexandre.
    É verdade, o que me deixa triste mesmo é que as coisas como estão mais meia dúzia de anos e nem pescar podemos, já viste as obras ao pé do larido? já estragaram uma das melhores ondas que tinha-mos cá com o molho leste e agora ainda estão a aumentar mais 400 metros mas a mim parece 1 Km, nem quero pensar,depois em vez de arranjarem emprego a malta daqui,que mama com a poluição desde sempre veem outros ganhar o dinheiro nas nossas barbas,mais a pedreira a fazer explosões e tenho a casa toda rachada, quem paga???? gestão vergonhosa da câmara de Sines... bem com este desbafo já estiu melhor... :) já agora, o verão começou e já reparas-te nas obras da avenida da praia de Sines, pareçe que passou lá um tsunami, como é possivel!!!!!!!!os poucos turistas fogem a sete pés.... abraço.

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