Estou de volta para relatar mais uma noite dura de surfcasting.
Num Domingo gelado, com a tradicional lareira acesa e um bom petisco acompanhado de tinto, para relaxar e descontrair um bocado, é o tópico para estar uma boa noite, com as tais condições que por vezes aparecem 2 ou 3 vezes como gostamos num mês.
O Mário estando em altas, a tarde já me desafiava, eu devido a uma mazela que arranjei para aqui, não ando na minha melhor forma, a qual me condiciona neste tipo de pesca.
Era meia noite e como só trabalhávamos de tarde na segunda feira, era hora de apagar a lareira, sair do conforto do lar, fazer um café e um chá bem quente para a longa noite e arrancar...
Como o que não falta aqui é areia para pescar, fomos para um spot que chamamos a Deserta, neste dia, como não estou bem, pedi ao Mário para reunirmos as coisas, fazer um bom abrigo, que eu iria por as canas com iscas à homem e ia esticar o esqueleto, com rondas de hora a hora nas minhas canas, ele pescaria para o seu lado direito e eu para o esquerdo, assim convivíamos mais e eu aproveitava a cadeira dele, ahahahahahahhahaah.
Eu já estava bem instalado no abrigo a beber um chá, pois não me conseguia mexer muito, já o Mário andava de um lado para o outro, abrindo a noite com a maior Baila da época com 1,500 kg, que lindo peixe, estava redonda a magana.
Ele não parava de um lado para o outro e apanhou ali mais 3 bailas mais pequenas e ia compondo a arca, fui ver as canas e nem sinal.
Nisto aparece ele com mais um bom Robalo, um pouco maior que a Baila, já tinha a noite ganha, estava mesmo imparável.
Voltei ao abrigo e mais um despertar daqui a uma hora, a noite cada vez mais húmida e gelada, com o lombo cheio de dores, pensei mesmo em nem me preocupar com as canas, mas a maré enchia e não me podia descuidar.
Próxima ronda, fio em terra, muita ondulação, pensei que fosse mais uma chumbada ariada e um estralho perdido, coisa que me aconteceu este ano vezes sem conta... mas não, tinha lá um bom peixe, depois de tanto chibo, curti o momento, suei um bocado e no fim mesmo todo tordo do cabedal, lá pus o melhor robalo até a data deste ano na areia.
Reforçar as iscas e mais um descanso de uma hora.
Petisco do bom.
Mas continuando, bebemos mais uma chazada com uns pasteis de nata, conversamos e embalamos a conversa já contentes com os peixinhos, poucos mas bons.
Alvorada para o nascer do dia e fazer a ronda, tudo na mesma nas canas dos dois, a primeira cana que vejo, desenrolo os estralhos, vejo um agueiro, já com a luz fusco, desloco-me 30 metros para a por lá, lanço estico a linha, ponho a cana no descanso e viro costas, dou meia dúzia de paços a caminho de outra cana e olho para traz, até me assustei, eheheheheh, verdade, olhei para o mar não fosse algo preso no fio, coisa de 20 segundos estava dobrada com uma genica.
O segundo peixe e também bom, como eu procuro, mais uma luta porreira e cheia de força, estava a ser a melhor noite este ano para mim...
O total dos dois, poucos mas bons
A cadeira do Marinho, foi a minha moleta, eheheheh
Um dia deste frios, fui mais o Lobo comer um pica-pau regado com tinto Alentejano e falar de pesca, como o Pedro diz, um gajo tem que comer qualquer coisa, ehehehehhe
Boas fainas.