quinta-feira, 28 de março de 2024

Mariscar

Olá malta.

Estou de volta num dia de boa chuva e vento, que tanto faz falta, sempre  disse que o Inverno este Ano vinha mais tarde, e desta acertei.

A Praia de Sines é um bom refugio para quem quer matar o vicio da pesca, muito resguardada só ai 3 ou 4 vezes na vida não vi condições para pescar, imaginem a tempestade que estava, esta praia é guardada praticamente por dois pares de molhos, mas se a ondulação vier a direito dela, também sofre as consequências.

Por norma é uma praia que 80% dos dias dá para vir relaxar ao fim da tarde.

Contando algumas pescas ou marés, um dia de final do verão, já com muito pouco sítio para mariscar, (devido a mim e a muitos outros), fui ver uma pequena ilhota que desprezo por estar mais resguardada e ser muito pequena, também o perfil dela não perecia criar nada de especial, mas acabou por ser bem engraçada, aos poucos fui apanhando um marisco variado e pensei logo em fazer um almoço diferente.


Quando falo na dificuldade de encontrar percebes a partir de uma certa altura do verão, acaba por ser normal, devido a área aqui de Sines ser pequena e levar com mariscadores de Sines, Setúbal  e do Algarve, também há aqueles que mariscam e há aqueles que ceifam literalmente o que podem, e o culpado é aquele que marisca mais vezes "Eu" sim eu, sou o que marisca mais em Sines, porque posso, tenho tempo e decidi viver disto em conjunto com uns projetos que tenho relacionados com o mar.

Depois há aquela história que os profissionais dizem que os lúdicos dão cabo de tudo e os lúdicos dizem que são os profissionais, eu já estando dos dois lados, continuo com a minha teoria, nas ambas espécies, há quem estrague e há quem marisque e compra os limites

Também há que marisque e faça logo a escolha e há quem marisque e faça a escolha no fim, eu marisco e escolho, como é normal marisco mais tempo do que quem marisca e escolhe no fim, qual tem mais impacto negativo, não é difícil de perceber.

Cada um faz o que quer, como é óbvio e tem os seus princípios, foi um pequeno esclarecimento do meu ponto de vista em relação aos percebes.

Também costumo mariscar com 2 sacos à cintura, pois ao ir escolhendo, em vez de deitar fora os mais pequenos uso para pescar nos dias que se avizinham, a eles junto umas lapas e mexilhões, o resultado está na foto de cima, uns bons sargos e uma dourada para o forno.

Tento ao máximo ser autossustentável, o que é muito difícil claro, mas uso o método antigo de compra, troca por troca, com vizinhos assim o que posso pedir mais:)



Outra praia a porta que é ótima para o final de tarde relaxar é a Costa Norte de Sines, boa também para pescar na areia , para não falar nos dias de praia de verão sem ninguém, mas se houver alguém , também não é difícil arranjar um espacinho tranquilo.

Já aqui tinha falado da pesca da lula que tanto gosto de fazer, muitas horas perdi esta época com pouco sucesso, mas volta e meia apanhei uns tubos destes.

Para acabar, fui ter com os meus amigos marafadessss, O Mata Chibos e o Lobo do Mar, se o Mata Chibos alinhou logo nas cervejas, o Lobo só apareceu e saiu do Laredo, por causa das Big`s Tostas famosas  do local, Grande Papa Tostas, ahahahahah



Saúde.

 

sábado, 2 de março de 2024

Pedra e areia

 Mais um bom dia de Inverno para fazer um post.

Desta vez vou resumir três pescas que fiz, duas na areia e uma na Pedra, está a chegar a época que tanto gosto, pescar apeado principalmente na pedra e mariscar quando o mar deixa, mas quando o mar tem um bom toque, tenho ido a areia pescar ao surfcasting, com uma cana a tentar um robalo bom e outra a procura de uns peixes diversos.


Como tenho uma praia a porta de casa que vai de Sines a Troia, parece na foto que tenho o espaço só para mim, mas de onde estou para a direita, neste dia, penso que não haveria um cabeço sem um pescador em 60 km , Pena não conseguir mostrar em foto a linha de luzes noite dentro a fazer um arco infinito a perder-se na escuridão em direção a Norte.

Quando o mar cai depois de uns dia brutos, é a rumaria a areia a procura de peixe, eu neste dia não tirei foto aos peixinhos, mas ainda apanhei uns sarguinhos bem jeitosos e um robalinho para fazer um dos meus petiscos do Top 3 da minha alimentação, caldeirada de Robalo, que neste caso também levou umas postas de sargo que estavam super gordos.

Neste caso o pescado só aparece mesmo cozinhado, uma torradinha regada com a caldeirada por cima e um bom copo de tinto, para mim é a comida dos deuses :)

Outra pesca feita na areia em mais uma quebra de mar, antecipei-me e bem cedo ao meio da tarde faço o curto caminho em direção ao spot que gosto de pescar, mais uma vez a praia já estava bem composta, e fez-me pescar numa zona em que começa pedra dentro de água na praia, que não é visível cá fora, não tinha alternativa, depois de perder algum material, mesmo já com peixe já ferrado, quase que desisti de pescar, para ajudar perdi um belo peixe que penso que seria uma grande dourada, usava uns anzois finos para os sargos e o mesmo veio partido ao meio, quando forcei o peixe na forte escoa.

Com a desistência de um amigo que se encontrava mesmo ao lado, zona essa que começa a longa costa de areia até Troia, foi tempo de mudar a tralha toda e divertir-me ali uma horinha na captura de bons sargos e de uma douradinha já boa



Os sargos que saiam estavam gordíssimos, e quando a maré baixou acabou a atividade.

Uma noite que começou mal, mas que ainda deu para apanhar uns peixinhos bem bonitos, faltou um robalote para a caldeirada que não quis aparecer.


Quando o mar cai e consigo ir a pedra mariscar, o único isco que uso é mesmo o percebe para enganar os sargos, depois que apanhar umas unhas de qualidade, a escolha fica para iscar, nestas altura do Ano, por vezes há dias que não se sente um peixe na pedra, ou então os que entram no pesqueiro são sempre sargos de bom tamanho, aqueles sarguinhos de verão não chateiam.

Foram pingando uns belos listados, e da meia dúzia que fugiram, apanhei 9 que deram 6 kg, mais que suficiente para ser uma pesca positiva.


Para finalizar, mais um prato inventado por mim, parece que todos as refeições que faço convidam a um copo de vinho.
Das tradicionais lulinhas à algarvia, eu frito umas lulinhas um pouco maiores com alhos, quando estão quase fritas em azeite e alhos retiro-as e corto-as para voltar a fritar mais um pouco para eliminar aquele sabor de cozidas que fica no interior quando inteiras, cozo batatinhas aos quadrados e rego com o azeite da lula e coentros, claro que mais uma vez o pecado vem no pão que se come com os alhos e azeite do fundo da travessa.

Saúde pessoal.