sexta-feira, 25 de abril de 2025

Reunião J3

Boas pessoal.
Os meus amigos Jotas andavam a desfrutar da minha costa muito bem, depois de analisarem as previsões ligaram-me a dizer que vinham até Sines mais uma vez, eu também já tinha visto que ao fim da tarde o tempo e o mar iam mesmo mudar, vento de feição e mar a cair abruptamente, eu nesse dia andava no mar a pescar a chumbadinha, e estava a apanhar uns peixinhos bonitos de várias espécies...


Como não ia a tempo de ir ter com eles de dia, resolvi descansar um bocado ir apenas depois de jantar, pois queria ficar o resto da noite, se não carrega-se baterias não me aguentava, o João e Chico pescam muito de cana na mão, e guardaram-me um cantinho para quando eu chega-se.
Depois de me sentir preparado para enfrentar a noite, arranquei pela areia fora, passo pelo João e poiso a seguir a ele, quando olho mais para baixo do cabeço, reparo que o Chico andava para cima e para baixo, vi logo que estava atracado a um matolão.
Aprontei-me logo para o ir buscar pois estas escoas são fortíssimas.
Tirando o lanho que fiz na mão na aba do robalo o resto correu bem, peixe bonito na casa dos 5kg, subimos os dois o cabeço e vejo o João na mesma dança, digo ao Chico que vou dar a tal ajuda da escoa, mas quando chego lá já o joão vinha com ele na mão, ainda era maior do que o do Chico... ainda só tinha poisado as coisas na areia e eles com a pesca feita.


Reparem no ceirão do Chico, feito por ele, aquilo leva 30 kg de peixe à vontade, isto porque a foto mais a frente com eles dentro do ceirão não ilustra a beleza deste peixes e o tamanho, bem mas eu a pescar no meio deles como é que eu me iria safar, ahahahahah, os homens andam de mão quente e só me deixam os pequenos.


Admiro a postura deles na pesca, eu a crer tirar umas fotos e eles já nem sabiam qual era o robalo que tinham apanhado, tanto fazia levarem um ou outro, mas o do João batia nos 6kg e eu só dizia o grande é do João, como o outro fosse pequeno, ahahahahah

Depois disto lá montei as coisas e o acampamento, pensei logo que daqueles não seria fácil aparecer um para mim, mas matei logo o chibo no primeiro lançamento com um da minha bitola quileira


O João e o Chico encheram o ceirão quase com 2 peixes, mas ainda tinham uns sargos e uns robaletes engraçados para compor o ramalhete, já a noite ia a meio e eles como a viagem era longa, deixaram a área só para mim, fartei-me de trabalhar toda a noite, e o meu maior peixe foi um sargo de quilo e meio, naquela hora do desmaio do sono entre as 4 e 5 da manhã um cavalo de um safio ainda me fez correr aos saltos na areia movediça, o sacana vergo-me a cana de tal maneira que eu pensava que era o pai dos robalos do João e do Chico :)
Depois de tal adrenalina que se tornou uma alegria, pois o safio é o meu peixe preferido não apanhei nada até de manhã, peço desculpa mas não tiro fotos a safios, ahahahah


Nesse dia ao chegar a Porto de recreio sou brindado com esta imagem.


Quem já me conhece sabe que prezo pela alimentação, e hoje em dia com a propaganda e a fartura de coisas más que vemos no supermercado, para viciar as pessoas no consumo errado de alimentos, na base do açúcar e doce é de loucos, como é obvio também saiu do caminho por vezes, mas 80% do que como sou eu que faço, já ouvi varias vezes que tenho boa genética, comam assim 3 vezes por semana somente e tirem o açúcar e alimentos processados, ganham genética facilmente :) 


Bem mas eu não sou nutricionista é apenas um conselho, eu também tenho a sorte de tirar o meu peixe do mar sempre que quero e muitas pessoas não tem tempo, derivado ao trabalho e impossibilidade para o fazer, são sugadas pelo tempo e apaparicadas pelo açúcar.
Desculpem, mas o pouco tempo nas redes sociais, sou inundado de gajos a fazerem vídeos e truques para as pessoas emagrecerem, está ai em cima o truque básico e verdadeiro.


Boa genética tem o meu vizinho, ahahahahha
Belo vizinho, passo o dia descascar favas, ahahahahah
Boas fainas amigos




quinta-feira, 3 de abril de 2025

Jotaum

 Pois é pessoal, como prometido aqui vai a segunda parte da pescaria.

Depois de 4 horas a bom ritmo, o jantar e o descanso deram força para encarar a madrugada, o Chico e o João como tinham uma viagem longa de volta, apanharam mais 2 ou 3 robalotes quileiros e decidiram arrancar ao meio da noite, eu estava decidido a ficar até o sol raiar, também não tinha a casa a 150km , gabo a coragem deles, mesmo eu dando as coordenadas é preciso amar a pesca para o fazer... 

Eu mal cheguei tinha pessoal a fazer spinning na zona que tinha pescado, era malta conhecida e esperei um pouco até eles desistirem, mal comecei a pescar apanhei logo um robalote da bitola do dia.


O tempo passava e ia pingando uns robalotes ao qual se juntou um sargo já escapatório, não saia nenhum grande, mas a madrugada estava animada e a geleira ia ficando composta, com o dia a nascer e quando já só pescava com uma cana e tinha quase tudo arrumado, ainda saíram mais 2 peixinhos, no total 7 robalotes mais 4 do fim de tarde, bati o record de capturas na areia, 11 ao total.


Claro que aproveitei e fiz umas belas refeições, da barriga para cima fiz umas cadeiradas e o resto escalado a acompanhar legumes do meu patrocínio e amigo, Vizinho Vidal. 



Que luxo.


Um dia deste fui tentar apanhar uns sargos de barco ao final da tarde, chumbica de 10g e caranguejo, então não apanho uma lula com 1.5kg à chumbica, o mais engraçado disto, foi que ao mudar de cor, fez Padam ( combinação ) com os meus ténis .

Desafiei o amigo Cris e o Lobo para ir comer um bitoque, para falarmos de pesca, o Cris não conseguiu comparecer, mas Lobo para o petisco afia logo as garras, não faltou o tinto, pois este ano até no Algarve está frio... o Lobo ainda tentou dar-me a volta para eu lhe dizer onde era o pesqueiro dos safios, mas amigos amigos, pesqueiros à parte, eheheheh


Saúde e boas fainas.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Jotatres

 Viva pessoal.

Depois de uma bela pesca, fica a vontade como é normal de atacar outra vez, mas para isso foi preciso esperar por condições novamente. 

Sei que os meus amigos Chico e João adoram esta pesca, ainda a fazem à antiga, com cana na mão e depois de o Chico me dizer que não se andavam a safar lá para os seus mares... disse-lhes que tinha dado com uns peixes.

E assim foi, dei a coordenada robaleira e do nada estavamos os 3 à pesca.



JOTATRES vem do nome que escolhemos para o nosso barco que temos em conjunto aqui em Sines.

Ainda de dia fomos brindados com uns robalinhos quileiros , o João ainda fez uma dourada e o Chico uma baila acima da média, não tinha escurecido e já os 3 amigos jooes já tinham peixe na saca.



O Chico concentradissimo lá ia tirando uns peixes engraçados. 



Ambos iam semeando uns peixinhos na areia, fartei-me de os avisar das raposas, mas tiveram sorte, se fosse em outra praia, as raposas tinham enchido a barriga.

Eu ainda de dia apanhei dois robalinhos quileiros também. 


Com o decorrer da noite, a maré ia vazando e entrou bastante limo, eu ainda fiz mais 2 robalinhos bonitos e o João tirou o peixe desse dia, um bonito Robalo acima dos 4kg.


Com a maré a descer rapidamente e o limo a carregar nas linhas, resolvemos parar de pescar, eu ia a casa jantar e se me tem dito mais cedo que viriam a Sines, tinha elaborado um petisco para nós,  estilo isto...


Assim, eles acabaram a comer uns petiscos num restaurante aqui em Sines e eu fui a casa, eles descansaram no carro e eu estiquei-me no sofá,  iriamos atacar novamente com a maré a subir, coisa só boa ai para as 3 da manhã. 

A minha pesca.



Bem mas a segunda parte fica para o próximo post.

Pela primeira vez fiz um post no telemóvel,  pois tenho uma avaria no PC, penso que não vai ficar estruturado tão bem ou até com algumas falhas de alinhamento das palavras.

Boas fainas.


sexta-feira, 7 de março de 2025

Saga robaleira

Olá malta.

Venho começar uma saga robaleira aqui no blog, depois dos últimos 3, 4 anos andar focado na pesca da lula e da dourada de barco, na altura forte dos robalos, deixei esta pesca um pouco de lado, mas visto que fui vendo muitas capturas de bons robalos nas redes sociais, pensei eu cá para mim, este ano tenho que voltar a fazer esta pesca com mais frequência, e assim foi.

A primeira investida foi uma chibata tal e qual as últimas e poucas pescas que fiz nos últimos anos na areia, penso que não apanho um robalo na praia à 3 anos "e só vejo robalos na Net" este ano nem que durma na praia, mas para mim também tem que haver algum.

Na segunda ronda a procura do robalo, antecipei-me e escolhi um spot muito concorrido aqui na minha zona, o dia escuro e frio era um bom presságio para mim, bem sedo montei a minha sombrinha azul como eu gosto e com calma preparei as 3 canas focadas numa só espécie.

Com a tarde a caminhar para o seu fim, já tinhas as 3 canas a trabalhar, por norma dou sempre uma volta ali na área onde estou e vou apanhando uns plásticos do bicho humano para poder dar uma ajuda a Natureza, quando me deparo com uma rede com uma ossada, enquanto tentava ter rede para informar a P. Marítima, pois todos os anos morre malta aqui na costa norte, desde queda de barco, da falésia, aos percebes e caça submarina, poderia ser de alguém, dos muitos que nunca apareceram, mas nisto a minha cana dá uma boa pancada com insistência.


 Sem pressa caminhei até ela e deixei a rede para mais tarde, depois de uma luta gira, finalmente encontro o meu robalito já quase com 2 quilotes, afinal este ano há robalos como se vê nas redes insociais;) 

Ainda de dia e já matei o chibo, deve andar ai robalos aos montes pensei eu, eheheheheh, podem não acreditar, mas com as pescas dos últimos anos, se não tinha ai uns 15 chibos seguidos não era muito.

Mal cai a noite tive outra cana a bater, mau hoje estou com a leiteira, outro? não acredito , num instantinho sai outro peixinho que já não queria entrar na arca, quando é assim é bom sinal, é peixe na casa de 3kg , com tanto chibo anterior o saco do IKEA já nem morava na mochila, tive que o enterrar na areia, não andasse ali uma raposa faminta.

Com a pesca mais que feita, reforcei iscadas e fui comer qualquer coisa, também tenho o hábito de estar de costas para o mar, por vezes vou arranjando estralhos e comendo e nem me lembro das canas, depois de um período desses, consto que tenho o fio de uma cana preso na do lado que estava bastante próxima, nem sabia se havia de passar por baixo ou por cima da mesma, sei que passei por cima e dei à manivela para ver onde estava realmente preso, mas desprendeu-se e tinha o fio todo corrido para o lado, um peso morto foi forçado a sair com a forte escoa, se era peixe nem parecia, parecia um bocado de limo, mas afinal era outro macaco na casa de mais 3kg ... 

Como não há 3 sem 4 sai outro logo de seguida também já bom... se isto continua assim passo a noite a abrir buracos para por o peixe, que sacrifício :)

Com a pesca mais que feita, pensei eu que a coisa ia acalmar, mas nada disso, mesmo com anzois à homem, foi a vez de começar a entrar uns sargos quileiros que esses sim couberam e taparam com facilidade o fundo da arca.

Na hora de vir embora os desgraçados dos sargos tiveram que levar com os robalos, era a única maneira de os trazer para casa.

Com uma pesca assim, não valia a pena ficar até a hora que tinha em mente, estava mais que feito.

Para quem tinha hábitos de chibo, está pesca é mesmo perfeita, sem um peixe desmarcado, mas uma qualidade muito boa.


Hoje o petisco é uma mista de marisco;)

Como falei no inicio, de ver tanta malta a postar robalos, não estava mesmo enganado, enquanto estava a fazer o petisco recebo a foto do amigo Muralhas, que não percebe nada disto e apanhou um robalo maior do que os meus :)

Ficou logo convidado a vir ao meu spot mais o nosso amigo João na próxima quebra de mar...

Mas essa história fica para o próximo capitulo.

Boas fainas



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Época das douradas

 Olá amigos.

Com a época das douradas já terminada, época essa na pesca embarcada, resume-se a um ano com menos douradas, parecido ao ano passado, penso que não há menos, elas é que simplesmente escolheram outras zonas para se juntarem, e não nos sítios de costume que frequentam por norma aqui nas funduras de Sines.


Se o ano passado apanhei umas boas em final de Outubro, este ano isso não aconteceu, vi logo que não valia a pena investir nelas e sim ficar aqui a porta de casa e apostar nas lulas, mas com a chegada de Novembro é inevitável ir a procura delas.

Posso dizer que na minha primeira procura, fiz provavelmente a pesca mais bonita da época não em quantidade mas em qualidade, muitas douradas quileiras que ao pé do meu record pessoal parecem safatinhas da ria.

O nascer e o fim do dia é sempre bom de presenciar, por aqui nasce em terra e põe-se no mar.

Foi uma pescaria que a segunda queda da chumbica, atraca-se uma burra gorda e pesada, que ao contrário de ferrar um peixe destes na pedra ou praia, na vertical é apenas uma luta de drag e ter a sorte de ela não trincar o fio, quem pesca de barco sabe que 95% das capturas elas não engolem o caranguejo e o sucesso de as trazer para cima é bem grande, as mais pequenas quase sempre dão mais luta (cabeçadas) do que as maiores.

Pesca bastante bonita, só faltou mesmo um sargo quileiro ;)

Depois um gajo chega a casa e o amigo vizinho arranja maneira de arranjar o acompanhamento para o peixe, não se pode pedir mais:)

Existe várias espécies de peixes na nossa fundura que parecem ser de aguas tropicais, uma dessas são as andorinhas, esta coitada vinha roubada, nos dois anzois, ainda teve força para voltar a casa, mesmo assim conseguiu retomar vida dela.

Sei que quem espreita o blog é mais ligado a pesca apeada e eu apesar de ter barco, gosto bem mais de pescar por terra, só que com tanto mar bruto o barco é uma vertente que se não estiver vento pesco com mares de 4 metros e dá para sair para o mar devido ao cabo de Sines proteger a parte Sul , se chegar a boia do molhe leste e estiver agressivo, virasse a marcha e vai-se para sul

Neste dia não há dúvida que o rumo de Norte é seguro.

Boas fainas e prometo que o próximo post será pesca na areia.



 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Festival de cores

 Viva pessoal, estou de volta para mais um post.

Poderia fazer várias histórias com ilhadas, pescas essas feitas até com alguns amigos e peixes bonitos, mas isto de andar a tirar fotos sempre aos peixinhos não é bem a minha onda, muitas dessas pescas ficam só na minha memória.

Na pesca embarcada já é mais fácil fazer alguns registos

Com tanta pesca e tanto mar, chega o fim de verão e começa a procura das primeiras lulas na pesca embarcada, pesca essa a quem devo ter barco, sempre adorei pescar à lula, e por norma o meu pai acompanha-me, muitas das pescas são sofridas, com mar, vento, escuridão, frio e muitas vezes horas sem sentir uma única lula.

Mas em compensação há muitos dias de festival de cores...

Uma vantagem desta pesca, comtemplas sempre o pôr do sol, que é um momento relaxante, não levamos iscas e conseguimos estar sem apanhar nada muito tempo, apenas porque vamos ouvindo um relato de futebol, da Champions são os meus preferidos, e o tempo passa e não das por ele.

Do nada quando pensas que nas 4 horas que estas ali e tens 3 ou 4 lulas, entra um cardume daquelas mocas da desova, e tens as canas todas ao mesmo tempo a dobrar, que nem sabemos qual puxar, em 2 minutos fazes a pesca... 

Um par delas no intervalo da bola, uma coisa que mudei nesta pesca foi como as pesco, neste ano apostei em duas canas e dois caneiros com a medida ideal, para estas estarem sempre a tonear sozinhas junto ao fundo, depois uso um aparelho de mão para ir toneando do fundo até ao barco.


Lindas cores 


O meu pai usa com cada palhaço do Chinês :)  por norma ponho xalavar nelas e sou sempre eu a ajuda-lo, nisto sou eu que tiro os palhaços dos tentáculos delas, e desde palhaços zarolhos, despelados, com coisas coladas, com luzes dentro e imaginem até palhaços gadelhudos, ahahahahah, todos eles tiram lulas, o que é certo é que ele crava com cada tubo, com aqueles desgraçados ahahahahahah.

O nascer do dia também muitas vezes traz cores magnificas.

Nesta época de fim de verão, também começa a haver logo malta a procurar as douradas na fundura, este ano pesquei muito menos as douradas, pois dediquei mais tempo as lulas, mas volta e meia ia ver se apanhava umas.

Muitas das vezes pesco bem mais perto e mais baixinho, principalmente depois de levar chibos mais longe, faço pescas que nem espero, penso que também tem que se ter sorte a dar com o peixe, eu gosto muito de pescar aos sargos com chumbicas bem leves é uma pesca bem divertida, claro quando eles estão lá, muitas das vezes é safias que parecem piranhas


As cores do dia são bem bonitas e dos percebes de qualidade também.





Com tanta cor, acabo com a minha foto preferida dos últimos tempos


Boas fainas