Dar continuação aos relatos de verão, lá vai mais umas fotos de bons momentos, com o cair da tarde o meu amigo Hélio, Shaper e fotografo, sacou-me este momento bonito em sintonia com o pôr do sol, nas ondas perfeitas e divertidas Alentejanas, também há dias com belas ondas sem ninguém aqui, mas cada vez mais raras hoje em dia.
Neste dia fui a uma ilhota muito concorrida por aqui, já com meia maré, não estava lá ninguém,apanhei uma teca de percebe para isca, e virei meia dúzia de belos sargos com uma bela douradinha para compor a caixa, é isto que me dá mais prazer na pesca ao sargo, chega-se já com água no pesqueiro, apanha-se umas cascas para iscar e compõem-se o ramalhete para ter peixe para comer 3 ou 4 dias...
Uma ida fugás numa tarde quente depois do trabalho, os papudos não marcaram presença, mas se forem de dose já dá bem para a grelha e fritada à posta, poupa-se uns euros na alimentação e faz bem à saúde.
Petiscos á minha maneira...
Neste dia o mar tinha um toque, com a escoa a recuar dava com rapidez para subir a pedra, depois passado 5 segundos fazia o que está na foto, vinha até cá acima ao cabeço de areia, eu tenho 1,82m e dá para ver bem o tamanho da escoa, trabalhar um robalão no Inverno aqui, dá para ter a percepção o trabalhão que dá.
Um redanho de redondos, mais uma semana com o sal a estalar na grelha, e alguns a morrer escaladinhos no forno com umas cenouras laminadas com batatinha e bem regados;)
Foi mais um post para entreter e ficar o registo para daqui a uns anos eu ver e recordar-me destes bons momentos, numa tarde destas estive a pesquisar o que publiquei no inicio do blog (2012) dá para ver bem o que evolui a pescar, tirando meia dúzia de palavras sabias que absorvi e me ensinaram ao longo destes anos, tais como a dicas do Pedro do blog http://lobodumar.blogspot.com/
Ele fez-me elevar a fasquia das das minhas capturas, principalmente de robalões no Inverno, mais por insistência dele para eu pescar ao robalo ao pé de casa, coisa que não fazia à 4 anos atrás, dava-me na cabeça nos petiscos que fazíamos para eu tentar, como não sou de perguntar e imitar alguém, como ele pode confirmar, se lhe fiz 4 ou 5 perguntas curiosas de como pesca, foram muitas, claro que há curiosidade, mas principalmente no meu ver, não tenho direito de explorar e tirar partido de horas e horas perdidas por ele nas negras noites geladas de escarpas e falésias.
Isto tudo para quê, custa-me muita malta perguntar na pesca tudo e mais alguma coisa, a que horas? o isco? há limo? onde foi? em que maré? querendo ir pescar e apanhar peixe sem esforço, percebo que pode se um incentivo, ou quem vem de longe, vir em vão por causa do limo no surfcasting ( ai até pondero, ehehehehe), o Pedro foi a Sines à dois anos atrás fazer uma maratona de 3 dias comigo, e eu pesquei de maneira completamente diferente da dele, pois adaptai-me as minhas praias como eu achava que seria melhor, com material completamente diferente e tudo...
Não quero censurar quem o faz, todos nós somos diferentes, mesmo eu ensino se me perguntarem, como já aconteceu muitas vezes, ensinei o meu amigo Mário tudo o que sei, ele em 3 anos de pesca, apanha tanto peixe como eu, que o faço à 30 anos
Também sou da teoria que ninguém nasce ensinado, mas a melhor aprendizagem na pesca é mesmo levar uns chibos na pele e saber dar valor a uma captura que foi feita autenticamente por nós, vão ver que o peixe até tem mais sabor, eheheheheh
Boas fainas