Mais umas fainas sargueiras por as minhas bandas.
Um Abril ventoso e com mares fortes, dificultou a captura dos pançudos, mas corri muitas pedras e fui fazendo com frequência uns peixes engraçados, nada da fartura de outros anos, mas o suficiente pra me preencher por completo.
Mariscador nato
Amo esta pesca, porque mesmo trabalhando todos os dias, consigo tirar rendimento e prazer muitas vezes que a pratico, então vejam:
Vejo o sol nascer e por vezes já a luta com um dentuça.
Na hora de arrancar, escolho o sargo que quero comer, arranjo-o na hora.
Chegada a casa leva com umas pedras de sal e vai logo para o lume, enquanto que os percebes que arranjei ali em cinco minutos, levam uma fervura para ir petiscando, enquanto sinto aquele cheirinho maravilhoso com o som das pedras de sal a estalar com o calor.
Uma cerveja bem fresca a acompanhar os percebes que já vão servindo de entrada enquanto uns legumes já transpiram no tacho para compor a dieta.
Lagoa de Óbidos
Forno e grelha garantidos.
Bem continuando, tudo pronto, degusta-se do banquete, quase sempre vou comendo o peixe a mão, aproveitando para comer o peixe todinho, ficando só mesmo a espinha do meio, claro que acompanhado de um tinto moderadamente.
Também tem a sua parte chata, lavar, esfregar, arrumar, limpar, 20 a 30 minutos que ali meio atordoado ainda do almoço, parecem 2 horas, ahahahah.
Depois um Muscatel caseiro com uma pedra de gelo e um café e estou pronto para uma cesta rápida antes do batente:)
Claro que não faço esta vida todos os dias, mas que faço muitas vezes faço, e até a data não consigo enjoar deste peixe que eu tanto gosto.
Estas fotos são de varias pescarias, em sítios diferentes, sempre com isca apanhada na hora, a técnica usada, foi pião e chumbica, dependendo do pesqueiro.
Sargos de bom lote, típicos da época.
Buarcos
Para acabar, um dia com uns pançudos a maneira.
Boas fainas.